BAPTISMO DAS CRIANÇAS EM IDADE DE CATEQUESE

                               Algumas Persppectivas

 

         1. Acerca dos Pais

Atingida a idade da catequese, para a admissão aos sacramentos, como exigência fundamental da parte dos pais, o seu consentimento. Normalmente, e sobretudo se já estiverem habituados a serem informados e solicitados durante os dois ou três anos de catequese, eles poderão manifestar-se disponíveis para participar nos encontros promovidos pela Paróquia em ordem à preparação próxima, acompanharão os filhos nas principais celebrações litúrgicas e empenhar-se-ão na celebração familiar do acontecimento.

As celebrações propostas no itinerário catequético – Acolhimento, Pai-Nosso, Perdão, Batismo, Eucaristia, e outras – são propícias ao fortalecer da comunhão fraterna e à retificação de algumas posições negativas que podem existir relativamente a algumas pessoas que habitualmente frequentam a comunidade cristã.

2. Acerca das Crianças

Quanto às crianças, elas deverão fazer a sua caminhada preparatória para o Batismo e a Eucaristia, no grupo de amigos já batizados mas que, em questões de fé, a sua situação é muito semelhante. Os laços criados na Escola, na mesma Turma ou Sala de aula, deverão facilitar o acolhimento eclesial, na Catequese e inserção progressiva na comunidade cristã que, semanalmente, ao Domingo celebra a fé no Senhor Ressuscitado.

Lutando contra o perigo da sua confusão com a Primeira Eucaristia, e apontando a necessidade de continuar a caminhada catequética para a Confirmação, pessoalmente, agrada-me mais o batismo das crianças em idade de catequese que nos primeiros tempos de vida, dado que agora ele é vivido em primeiro lugar pelo próprio sujeito do sacramento e, secundariamente, pelos pais e familiares. Nesta idade, a criança já vai fazendo, em liberdade, a sua experiência pessoal de fé na comunidade de crentes composta por pessoas de todas as idades e condições sociais. A conversão, o poder de decisão pessoal e de testemunho começa a ser uma realidade, ao ponto de encontrarmos pais que se interrogam sobre a fé e a Igreja a partir das experiências positivas transmitidas por seus filhos. A experiência pastoral diz-nos que a reiniciação cristã de alguns pais acontece a partir da catequese dos filhos, quando a mesma é capaz de atingir a própria família: empatia dos catequistas com as crianças e contactos com a família, reuniões do Pároco com os pais, celebrações dominicais festivas e criativas que cativam a criança e, por contágio, também alguns familiares.

Pessoalmente, considero ser respeitável a posição de alguns pais católicos praticantes que, gozando os seus filhos de plena saúde, vão progressivamente transmitindo os valores cristãos e ensinando os seus filhos a rezar, de acordo com a idade e adiam o Batismo dos mesmos para a idade da catequese (mais de 7 anos de idade)

O Ritual da Iniciação Cristã das Crianças, integrando o processo catecumenal, sugere ritos e textos, suscetíveis de serem adaptados criativamente à psicologia das crianças, possibilitando um progressivo amadurecimento da fé no grupo de amigos e acompanhado pelos catequistas, pais, padrinhos e comunidade eclesial. (cf. nn. 3,5,6-9)