TEMPO E LUGAR DO BAPTISMO

                      Perspectivas

Quanto ao tempo para conferir o Baptismo, há que ter em conta, em primeiro lugar, a salvação da criança, para que não seja privada do benefício do Sacramento; em segundo lugar, a saúde da mãe, para que sobretudo ela, na medida do possível, possa estar presente; por fim, o tempo suficiente para preparar pais e padrinhos e organizar dignamente a celebração.(RBC. n.º 8-11, dos “Preliminares") 

Para preparar convenientemente a celebração do Sacramento, os pais devem pedir quanto antes o Baptismo para o seu filho, se for necessário mesmo antes do seu nascimento. Três meses, em regra, pode ser um tempo necessário mas suficiente para darmos o sentido comunitário, quer à preparação, quer à celebração do Baptismo. Para manifestar a dimensão comunitária do Baptismo, o Sacramento, regra geral, deverá ser celebrado ao Domingo, (cf. Preliminares do Ritual da Celebração) dia em que a Igreja comemora a Ressurreição do Senhor, e dentro da Missa Paroquial, para que toda a comunidade cristã possa estar presente, alegrar-se e dar graças com a família que apresenta à Igreja e consagra a Deus a vida de seu filho. Devido à sua natureza pascal, salvo o caso de perigo de morte, será de fazermos um esforço para a não celebração dos Baptismos durante o tempo da Quaresma. Parece ser contraditório querermos baptizar os adultos na Vigília Pascal, ou no tempo Pascal e, no caso das crianças, afirmarmos que não tem qualquer importância baptizar em qualquer data, ao mesmo tempo que apelamos à fé e responsabilidade dos adultos, que também devem ser educadas.

Durante o ano, sempre devemos sugerir aos pais que, tanto quanto possível, pensem no Baptismo de seus filhos para as datas significativas da vida da terra: Páscoa, Natal do Senhor, Festa do Baptismo de Jesus, Primeira Comunhão, Festa anual Paroquial, etc.

Normalmente, os poucos pais que pedem o Baptismo fazem-no próximo da celebração do primeiro aniversário. A celebração comunitária dos baptismos, a ritmo mensal, trimestral ou anual, bem como o tempo mínimo para a preparação da sua celebração digna são motivos suficientes para a interpretação flexível da orientação da Igreja no sentido de que a celebração do Baptismo se faça dentro das primeiras semanas após o nascimento da criança, desde que haja a esperança de que a criança irá ser educada na fé da Igreja Católica.

Em alguns casos, não negando a celebração do baptismo, pode haver necessidade de explicar as razões para o adiamento do mesmo, dada a pobreza no baptizar apenas na fé da Igreja, que não consegue diminuir a importância da fé pessoal dos baptizados, dos pais e dos padrinhos, para que a graça baptismal frutifique no futuro testemunho da fé, numa vida segundo o Evangelho e com a ajuda da comunidade cristã.

 

[1] Cf. RCBC. n.º 8-11, dos “Preliminares”.