AVALIAÇÃO PASTORAL

Com a Bíblia no coração orante
Atentos às orientações do Apóstolo S. Paulo, parece-me evidente a necessidade da avaliação contínua, entreajuda e encorajamento para a eficácia do ministério pastoral (1 Tim. 3;Tito 1), evitando o continuar dos erros passados.
Para considerar os presbíteros digno de dupla honra, especialmente aqueles que se entregam à pregação e ao ensino, eles devem liderar bem. (1 Tim 5,17) Neste processo, pode ser necessária ou não a admoestação, de acordo com a verificação do que se está fazendo. Principalmente, deve reinar a caridade nesta ajuda mútua, tendo como principal finalidade o aperfeiçoamento, conscientes de que a sociedade tem os olhos postos naquilo que fazemos ou não, sendo cada vez mais exigente.
Muitas tentativas de avaliação podem revelar-se inúteis caso os avaliadores estejam imbuídos de “interesses ocultos”, em detrimento da procura da verdade. Nestas situações a avaliação torna-se mais prejudicial que benéfica, provocando cansaços e frustrações, convidativas ao abandono dos processos avaliativos.
Visando uma avaliação eficaz, torna-se necessário um grande esforço para a preparar na fé e oração, na humildade e com um grande amor à verdade, conscientes de que nada temos a defender para além daquilo que pudemos e devemos partilhar. Previamente o envio de algumas perguntas leva-nos à concentração no importante e evita discursos longos e inúteis principalmente quando não falam da reflexão pessoal mas são reações irrefletidas àquilo que os outros disseram.
Perante a oportunidade de dar e receber sugestões, é preciso dizer não à tentação de querer julgar o que desconhecemos, principalmente quando vivemos descomprometidos com as causas em avaliação. Falar e sentenciar o que nos é estranho é deplorável e em nada contribui para o bem da Igreja e o crescimento do reino de Deus. Normalmente, quem está fora, tem dificuldade em ver ou dar-se conta do que se passa e principalmente, no que diz respeito ao crescimento do reino de Deus. Por isso, na hora de nos pronunciarmos, seremos injustos sempre que nos esquecemos de que o reino de Deus é semelhante à semente lançada à terra e que germina, cresce e frutifica enquanto nós dormimos, não nos damos conta de nada e desconhecemos o segredo da sua força.
Deus nos recorde sempre os indispensáveis processos avaliativos para evitarmos fracassos, nos ajudarmos uns aos outros, nos tornarmos mais “imagem e semelhança de Cristo” e melhorarmos o serviço à Igreja na resposta aos novos desafios.
A P