PASTORAL DO BATISMO
Introdução
É significativo vermos como a Igreja vai recuperando a consciência da necessidade de processos de iniciação para se poder aderir à fé em Jesus Cristo. Neste sentido, os sacramentos de iniciação – Batismo, Eucaristia e Confirmação - conjuntamente, incorporam-nos na vida da Igreja, introduzindo-nos, progressivamente, na plenitude do ser cristão. Por isso a Igreja, embora falando do Batismo nas primeiras semanas de vida, dirige-se preferencialmente aos pais conscientes e comprometidos na vivência da fé da Igreja, à Igreja doméstica, a qual oferece melhores garantias de dar continuidade ao que celebramos no Sacramento. Não se trata de batizar “o mais cedo possível” e “quantos mais melhor” mas antes, e em condições normais, batizar os filhos como Deus manda, quando se tem uma certa “segurança moral” de que a criança a quem batizamos um dia será cristão. Sinteticamente, e para salvaguardar esta verdade, devemos procurar ter em conta alguns critérios, os quais não se aplicam do mesmo modo para todas as pessoas, pois são diferentes as experiências humanas sociais, os acontecimentos de fracasso ou êxito, de morte ou vida, de generosidade ou individualismo cego. As dificuldades na praxis batismal não nos deverão ocultar as possibilidades de renovação, conscientes de que nenhum modelo pastoral deve ser absolutizado, porque incapaz de solucionar todos os problemas suscitados pela iniciação cristã. Apoiados no Ritual da celebração do batismo das crianças, nossa pastoral do batismo deverá realçar a importância da fé (nº 3), a participação e tarefa educativa da comunidade, e de um modo especial dos pais das crianças (nn. 11-14). O ritual fala de uma pastoral que retarda o batismo, criando assim um espaço favorável à preparação da celebração, enquanto se suscita, alimenta e renova a fé e a responsabilidade dos pais e padrinhos (nn. 9, 15, 44) em ordem à continuidade do processo de crescimento na fé.